segunda-feira, 21 de setembro de 2009

the end



last one here, i'm out the mod.....

porque, como em muita expressão jazz, os círculos se fecham, por natureza, venho fechar este.

recordando, iniciei este blogue porque, sendo a mesma alma que escrevia o "romãs", estava longe da alegria com que o caracterizei. a alegria dorme agora a meu lado, fechado círculo amargo, consequências prioritárias facilmente sanadas (porque o meu puto tem alma livre). sem motivo ácido para continuar a escrever aqui, tenho o mundo outra vez direito (frágil como sempre, mas direito como sempre devia), venho com prazer encerrar isto.

começar algo e terminar algo são momentos marcantes desse algo. o início jorrou, teve muito de irracional. o final está escrito (mentalmente) há muito, desde que comecei a racionalizar o início. eu costumo funcar assim, primeiro sinto, sem muitos entraves racionais; depois racionalizo, sem muitos entraves morais. on est c'est qu'on est.

a frase final deste blogue, a que ambiciono não ter de regressar, é talvez (re)conhecida para alguns: the lion has rejoined his cub and all is right in the jungle.

p. s.- voltamos a cruzar-nos nas romãs, http://romasedesejos.blogspot.com. queiram ter a gentileza de me seguir.......

domingo, 20 de setembro de 2009

o que falta



de quando em vez, umas vezes, de vez em quando, outras, acontece deparar-me com uma definição que me satisfaz ao limite.

este fds dei de caras com uma (acho que foi ela a vir ter comigo, detalhe sem a mínima importância): pode não ser assim para todos, para muitos não será, mesmo para os que o é, pode nem sempre ser, mas acontece haver uma coisa na vida de cada alma que tem mais importância que todas as outras. é pessoal e pouco transmissível, penso que normalmente inconsciente ao nascer, depois damos por ela e devemos aceita-la, por genuína. pode ser passageira (muitas vezes é), pode nem haver em determinado período....

bollocks, acerca dessa coisa, apraz-me escrever que tendo-a connosco, podemos olhar para tudo o resto que possa faltar. sem ela, não resta nada em falta, porque já falta tudo.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

fds mesmo bom


para quem vem ler-me, um fds tão bom como o meu vai ser.

confidentes



tenho talvez uma dúzia de pessoas que considero confidentes, pessoas que sabem da minha vida, nas suas várias vertentes. umas mais próximas fisicamente, outras mais próximas frequentemente, mas a característica mais abrangente (para além de disponibilidade para me aturar os delírios e se divertir, por vezes às lágrimas, com eles) é o sexo.

com excepção do meu irmão (e fraternidade é isto e muito mais, é uma relação com carácter particular), todas as pessoas a quem me confidencio são mulheres. amigas de anos, encantos ou amores antigos, todas mulheres.

uma delas veio beber novidades, ao café. como todas as outras, é a minha confidente preferida, sendo que o que a torna preferida, a ela, é a facilidade com que se ri das minhas histórias e se deixa navegar no meu mar de sonhos.

falamos de filhos (de ambos) e amores (mais dos meus, porque tenho mais, e mais divertidos), de tribunais (jurista) e negócios (nestes sonhos ela também navega).

uma das coisas que me dá prazer à alma é saber que há quem fique feliz por eu estar, sem interesses nem fábulas. simplesmente porque estou. e a mutualidade do sentimento.

chama-se amizade, não se agradece, cultiva-se e desfruta-se.

p. s.- aplica-se o sentimento a todas as outras, igualmente minhas preferidas.

a loira e o pinguim



hoje é dia gordo, acordou bem molhado mas já raia o radioso. por causa de boa disposição infantil, deixo piada que uma amiga enviou para o mail. é anedota de loura que não percebe o evidente, o que é discriminação cromática de pêlo, mas asseguro que é inocente e não direccionado a ninguém. cá vai...

"uma loira acorda, chega ao quintal e depara-se com um pinguim.
ao mesmo tempo olha para o lado, vê o vizinho e diz: - já viu o que está aqui? um pinguim! o que é que eu faço?
o vizinho responde: - não sei. olhe, leve-o ao jardim zoológico.
no dia seguinte, o vizinho olha para a casa da loira e vê-a sair com o pinguim preso numa coleira e pergunta: - então, não levou o pinguim ao jardim zoológico?
a loira: - levei, gostou muito, hoje vai ao portugal dos pequenitos...."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

patologias



amanhã pode ser dia gordo.

se não houver mais barbaridades, vou passar o fds com o meu filhote, depois de meses, o que já raia a patologia. consequências de opções minhas, nada a ver com destinos.

acaso (vulgo destino) foi tê-lo visto hoje, depois de tanto tempo sem. já percebi que é para continuar a aturar circos, infelizmente.

porque há quem não consiga ver os outros felizes sem sentir que a felicidade deles está a descontar na dela. que raio, será tão difícil perceber que o facto de quem gostamos estar feliz elsewere, deve acrescentar à nossa? não seria mais fácil cada um tratar de construir a sua alegria sem para isso precisar de empecilhar a vida dos outros?

destino aleatório



acerca de destinos. já escrevi do tema algumas vezes, umas de forma centrada e outras mais marginal. hoje escrevo de uma forma exemplar (com exemplo....), motivado por divergência de opiniões (muito boas, estas divergências) com autora de outro blogue.

é fácil de aceitar que ninguém gere a sua vida completamente, em absoluto, porque há (mais de) mil factores externos que a influenciam (com quem nos cruzamos, com que disposição e disponibilidade essas pessoas estão no momento, que acontecimentos não provocados por nós nos influenciam, por aí).

relativamente a estes factores externos, ainda assim, há duas maneiras de olhar para a sua génese: são fruto de um ordenamento superior (conceito de deus, espiritualidade); ou apenas aspectos random, ocasionais, sequência aleatória das decisões pessoais de cada indivíduo e do seu impacto (igualmente aleatório) no ambiente em que interferem.

o que acontece, em complemento a esses factores, é a individualidade de cada indivíduo, que se manifesta em reacção a eles e/ou provocando-os (por reacção deles a atitudes nossas que, para eles, são externas).

ou seja, neste ponto de vista, somos parte do "destino" dos outros. o que me leva a duvidar da intervenção divina, porque para a aceitar pacífica teria de me considerar seu instrumento. pudendo estar errado, não mo considero.

custa-me a aceitar válida uma posição que aceite todos os avanços (por mais bárbaros que sejam, e muitas vezes são) da humanidade como mero fruto do destino (seja ele divino ou aleatório). no mínimo, aqueles que os promoveram (aos avanços), tomaram o seu (e nosso, por consequência) destino nas mãos dos sonhos.

o que me parece justo, a minha opinião de conforto, é que, surgindo factos aleatórios nos nossos percursos, constantemente, ainda assim temos (devemos ter) meios de os manipular, pessoalizar, tratar, gerir.

o exemplo: há uns dias atrás, numa conversa acerca de algo que aconteceu e me magoou, disse há pessoa com quem falava que tudo que me acontece é consequência das minhas escolhas e da minha capacidade de as fazer evoluir, de lhes acompanhar a evolução. é claro que há factores externos, e gente civilizada pede desculpa quando percebe que errou, mas se eu acreditei num sonho ou numa mentira, bem, fui eu que acreditei......

a consequência maligna de colocarmos a responsabilidade do que nos ocorre nos outros, é perdermos capacidade de ter impacto sobre isso, é retirarmos o destino das nossas mãos e o colocarmos, bem, não sei, mas não me agrada.

p. s.- tive de sair à pressa, duty calls. depois posto fotografia.